terça-feira, 14 de agosto de 2007

Justiceiro

E no sétimo dia Ele descansou.
É no oitavo dia que tudo começa: o fim, as descobertas e até mesmo o recomeço. Tudo obra e consequência de Deus, que por acaso é o da paz, do amor, da Trindade e dos pequenos. Aquele que é Deus de tudo, que rege a orquestra da vida, se divide em três, talvez em quatro, e cuida minuciosamente de cada um de nós. Desde as lágrimas piedosas dos mais pobres até a mais sigilosa senha do cofre do banco que fica na outra rua. Ele poderia ser o Senhor só dos pobres, e só para eles olhar, só deles cuidar, só eles receber. Mas Ele também é o Deus da justiça, de pesos simétricos, e como tal, olha com um olhar especial de Pai para todos. Lá se vão os pequenos e as senhas dos cofres.
Talvez seja apenas os menores que pisam às portas de Jerusalém, mas todos estão sob o Deus de Isaac, Jacó e Abraão, e Dele ninguém escapa, de seu furor niguém se esconde e de seu amor niguém se exclui.

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