quinta-feira, 27 de março de 2008

Pseudo-juventude

Perdidos no tempo e no espaço da física. Uma geração inteira que chora quando o casal da novela se entrega a aquele beijo ensaiado e sem vida. Todos bebem coca cola e todos querem ser iguais ao garoto do carro preto. Uma geração perdida na imensidão do capitalismo amoroso e dos desvarios sombrios das mentiras amargas de cada comercial do horário nobre. Sem muita expectativa de vida e de crescimento para a maturidade e maternidade dessas meninas cor de rosa e desses meninos bonés para trás. Mentes para trás, pés para trás, vidas para trás, olhares sempre para trás. Mais uma geração entregue ao sabor doce das drogas e da vida fácil das salas de aula sem vida. Parece que nunca vai mudar, parece que já chegou ao fim. Memórias póstumas de uma geração corrupta e sufocada que grita e pede ajuda, mas que canta funk e se diz rebelde. Tudo o que eles querem é ser coloridos e nem conseguem enxergar que o verde da Amazônia é muito mais vivo que o rosa choque das capas de cadernos. Isso não é revolução, nem mudança, nem geração e é uma pena que seja nossa juventude.

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