segunda-feira, 13 de julho de 2009

Portal

Haverá um dia em que o nascer do sol será diferente. Haverá um dia em que estaremos todos do outro lado da linha. Aquela linha que separa esse tão conhecido mundo daquele outro inesplicável, inenarrável, nunca visto. A morte também é vida. É apenas uma parte da vida. É um renascer em luz, em mistério, em eternidade. Deveríamos todos ficar preparados para fazer a passagem a qualquer momento do dia ou da vida. Só nunca fazemos. Só nunca estamos. Sós, nunca continuaremos. Adeus... ao jovem, ao velho, à mãe. É o que dizem muitos, pelos cantos dos parques e pelos espaços das lágrimas. Há um lugar onde rei não é rei e qualquer Michael é simplesmente um mortal. Há tantas coisas a se entender, há tantas dúvidas para se driblar e há tantas vidas para se viver intensa e eternamente. Para quem se foi e para quem ainda se vai... muita poesia e luz!

domingo, 5 de julho de 2009

Reencontro

Está aqui em mim. E agora eu estou aqui, em mim.
Por vezes, não sei bem o motivo, eu deixo isso acontecer. Confesso que aprendo, muito, demais... a como não ser. Ainda penso, que são nesses desvios que me torno ainda mais maduro, e crente daquilo que sou e daquilo que não quero ser. Pelas outras vezes, não tenho mais espaços para futilidades. Meu corpo e minha idade, correspondem ao mundo real.
Creio que aquilo que eu sentia era saudade. Já não há mais por que...
Me sinto tão bem quando estou de volta. Só, comigo. De repente, de um estalo, de um passe de mágica, coisa que não acredito existir. E para esse caminho, não hei de voltar. E para essa vida, não hei mais de jogar meu tempo.
E assim meu vou. Aliás, assim eu fico. Muito a vontade comigo mesmo e com a certeza de que não te agrado, que não canto com sua voz e sou realmente o autor de minhas próprias poesias.
Pra quem fica... boa sorte!

Saiu... rsrsrs

Por várias vezes eu estive prestes a escrever sobre várias coisas, mas acabei desistindo. E não foi por falta de palavras, nem por falta de tempo, muito menos por falta de angustias. Me lembro que certa vez quis escrever sobre a vitrine, logo aqui, e os olhares curiosos e as vezes discretos a perambular descaradamente. Foi então, que hoje, depois de nada especial ter acontecido, eu resolvi soltar o verbo e substancializar tudo que adjetivei e conjuguei aqui dentro. Sem nexo ou contexto, não coloco endereço, mas tenho aqui comigo, cada traço e rabisco e motivos tão vivos por quem ou por qual jogo me. São tantas as coisas, que nem sei por onde começar. Talvez pela mesa do bar, vazia, de novo vazia e suja, sem uma conta a pagar. Bancos na noite e crianças em uma ciranda sangrenta sem medo do raiar do sol e da ação da gravidade sobre suas máscaras tão bem desenhadas. Corpos que dançam, mas não amam. Enganam-se. Há tanta gente enganada. Tanta alma falsa, fraca, farta. Metade do que eu te disse outro dia, era só conveniência. A outra metade, era mentira. E para aquele quadro da parede, guardo meu porão, já que outras pinturas ocupam aos poucos seu lugar. Mensagens em garrafas para o outro lado do mar e tesouros escondidos, aqui na ilha ao lado. Velhos mapas, novos conceitos, antigos amigos. Só o passado! Novos textos, outros dias, novas poesias e talvez, mais pra você e sobre você. Não perca! Não queira me inspirar. Mas vá sem embora, e deixe aqui, seu já esquecido lugar.