domingo, 15 de novembro de 2009

Recado

Peito arrebentado em milhões de pedaços. Face sangrando gotas vermelhas provocadas pela realidade. Lágrimas que se jogam ao chão. Papel. Caneta. Uma única vontade...
... queria dizer aqueles que nunca disse, que os amo. Quero lembrar que nossas canções sempre tocarão e sempre conduzirão meus pensamentos aos momentos que passamos juntos. Nossos sorrisos nunca serão esquecidos por meus lábios. Nem as noites que compartilhamos acordados serão um dia tidas como esquecidas.
... aos que eu já disse que amo, reforço. Desculpe se não lhes repeti isso várias vezes por dia. Me dói ainda mais saber que não terei tantas outras oportunidades, num tempo tão vasto como esse, para lhe cobrir os ouvidos com o que lhe trago no peito.
Por agora, sinto a presença de uma já íntima companheira, de perfume conhecido. A saudade que me habita, por tantos e por tanto tempo, preenche-me os espaços deixados pela distância. De tantas manhãs, tardes e noites, só restou uma noite, fantasiada de alegria, mas que leva em si a tristeza do adeus indefinido.
E o que parecia durar para vida toda, se faz mais uma vez saudade.

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